Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Carnaval, Carnaval...

Foto retirada do Blog http://mulatas-show.blogspot.com.br/


“Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C..1 É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.” (Fonte: Wikipédia)

Está aqui uma definição nobre para o nosso querido “carne vale”. No Brasil, este nosso nobre país onde a maioria só quer um pretexto para um bom e longo feriado, não teria festa melhor para se importar.

No Carnaval tudo é permitido. É como se o Brasil (com seu tamanho continental) se transformasse numa Vegas sem cassinos. Mas com um glamour voltado para uma luxúria que transcende os antigos cabarés (ou casas de luz vermelha, como prefiram chamar) de forma que em toda parte sexo e álcool convivem em simbiose. Sem contar que além de movimentar o turismo, os restaurantes, os hotéis e bares em geral, é a época em que a galera "do pó" e "das pedras" têm seu lucro extra. O que nosso país não tem é a nobre frase da Cidade de Las Vegas: “O que acontece em Vegas, fica em Vegas”. Isso não! O que acontece no Brasil, o brasileiro faz questão de falar ao mundo; de exteriorizar suas desgraças e de propagandear seus feitos esdrúxulos. Esquecemos por um breve período todas as mazelas que nos cercam. O que vale é a festa. 

Enquanto isso, nossos nobres representantes estão em suas casas de veraneios fazendo reuniões com seus pares preocupados com o “futuro politico da nação”. Estão abraçados com o povo nas festas; sejam elas na Sapucaí, em Salvador, em Pernambuco ou em algum dos milhares de blocos de rua espalhados pelo país. Alguns com nomes sugestivos como um inesquecível “Só vai quem chupa” que participei em 2006 no Conjunto Eustáquio Gomes em Maceió. Festa mesmo, quem faz são nossos políticos. Enquanto nós em nossa humilde e inestimada “inocência” aproveitamos para nos embriagar com os prazeres da carne, eles se embriagam com os prazeres da impunidade. Regadas a muito Whisky e conchavos políticos.

Um dos fatos mais icônicas do nosso “carne vale” é a foto da modelo Lilian Ramos ao lado do nosso “queridíssimo” ex-presidente Itamar Franco com a genitália a mostra em cima de um camarote (conforme muitos sites estão relembrando – em 1994, há 20 anos). Enquanto o nosso inestimado presidente nada sabia, o povo olhava para aquela fresta do prazer, querendo se apoderar de algo que só Itamar teria poder. Com inveja, o que a oposição queria? Derrubar o presidente pela falta de uma simples calcinha. Êhhh Brasil sem jeito... E vamos este ano distribuir 104 milhões de camisinhas... Haja tesão!


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"São necessárias festas barulhentas para as populações, os tolos adoram o barulho. E a multidão é formada por tolos."

Napoleão Bonaparte (1769 - 1821) Imperador Francês.

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