Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

YOU' RE FIRED!!!




Nos anos 80/90,  foi lançado um filme que inevitavelmente se tornaria uma trilogia de sucesso, tão comum ao tempos de hoje. O filme De Volta para o Futuro (Back to the Future), de Robert Zemeckis, foi um enorme sucesso de público e crítica em seu tempo. Lançado em 1985, teve duas continuações em 1989 e 1990. Dentre tantas cenas fantásticas (skate que flutuava; tênis que amarrava os cadarços sozinho e jaquetas auto-secantes) uma que me chamou bastante atenção foi a cena em que Martin McFly, protagonista do filme, era sumariamente demitido. A cena, na qual o mesmo recebe vários fax (Sim, Fax, meu povo...) com a expressão no qual peguei emprestado para o título dessa postagem, sempre me causou um certo pavor.

Traduzindo para o nosso bom e velho PT-BR: "Você está demitido"!!

Desde aquele ano, em que assisti os filmes (1989/1990 - tinha entre 13/14 anos...), a cena nunca mais me saiu da cabeça. Sempre achei que algo do tipo era humilhante, degradante e vergonhoso. Sempre tive medo de passar por algo parecido. Eis que vem a vida e me faz relembrar de um filme de minha adolescência e me faz enfrentar meu maior temor. 

Acho que muitos nesse momento perguntam-se qual o intuito dessa postagem: Seria para desabafar? Para desaguar as mágoas? Ou para fingir estar bem em um momento considerado triste? Nenhum dos casos. 

Minha postagem é para expor a todos que nós somos donos de nós mesmos. Que nós somos capazes de progredir enquanto muitos o que mais querem é nos desacreditar. A covardia que tive em não ter atitude de mudança e buscar uma melhora antes de tal acontecimento resultou neste momento de derrota. O dissabor de não poder expressar, pior, de não ter credibilidade para expor os fatos, ou ainda pior... De ser incompreendido por alguém que julga-se mais capaz que você é tarefa árdua. 

O mundo profissional é como um campo de batalha: Sempre haverá lideres progredindo junto com a equipe e "lideres" observando seu exército atirar contra em seus aliados (termo esse batizado carinhosamente pelas forças militares de "fogo amigo"). Erro fatal é julgar o valor de uma pessoa para com a empresa diante de quem não tem conhecimento de causa ou quem espera que as soluções dos problemas sejam resolvidas por Mágica. 

Mágica hoje em dia, nem no Cirque du Soleil

Perdi o emprego, ganhei paz de espirito. 
Thanks, Papai Noel!

Feliz Natal a todos.  

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Rio largo, terra de maloqueiros e louvaminheiros?

Foto by Gusthavo Leite

Desde que vim morar em Rio Largo, em dezembro de 1980, nunca pensei que iria me sentir tão desmotivado, triste e totalmente desacreditado nessa cidade. Uma cidade com tanta história e de uma beleza que foi sendo destruída ao longo do tempo. Em parte, acredito eu, por alguns de seus ilustres filhos se debandarem para outras terras: Seja por falta de oportunidade ou pelo excesso dela; ou até mesmo pela falta de empreendedorismo de alguns empresários que herdaram a fortuna de seus pais e avós, mas não o mesmo dom visionário.

Levando em conta também anos e anos de descaso de nossos governantes envolvidos sempre em escândalos de corrupção. Vivemos em uma cidade onde cada qual defenda seus interesses e logo intitulem seus mais escusos desejos de “em defesa do povo”.

Muito do que reclamamos talvez seja falta de conhecimento de causa (Será?). De tanto reclamarmos em Blogs e Redes Sociais já recebemos a alcunha de “maloqueiros”. Adjetivo esse bastante utilizado no meio político hoje em dia na cidade de Rio Largo. 

O que ainda me causa espanto em Rio Largo é a defesa do indefensável. É o gritar aos surdos e o mostrar aos cegos... São os que querem por fim da força que aceitemos que esse é um ótimo governo (até pararem de receber da prefeitura). Nada contra a administração atual, “tudo contra” os bajuladores de plantão.

Certo dia estava eu ouvindo um áudio do excelentíssimo prefeito se defendendo (com razão) de uma ofensa que alguém o fizera, quando uma mulher, família de um político da cidade bradou: “- Tenho nojo até da voz desse homem!”

Pensei eu no momento: “Agora? Só porque não recebe mais da prefeitura?”. Acho que isso não é motivo para odiar ninguém. Ou é?

Entre os nobres maloqueiros e os estúpidos louvaminheiros, sigamos nossas vidas sem entender os que antes defendiam e que agora acusam; e outros que acusavam que agora defendem.

Fiquemos na glória indigna da imparcialidade, é o que nos resta.