Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Falando o que [realmente] penso...

Algo de bom que podemos citar com o advento da internet é o poder que temos de expressar-nos e de saber opiniões, pensamentos, posições políticas e religiosas de cada pessoa "normal". Não das estrelas de novela, da música e do cinema internacional, que em 95% dos casos mudam suas atitudes e opiniões no apagar das luzes e no desligar das câmeras e microfones. Mas saber o que realmente o POVO pensa é algo de uma magnitude incomensurável. Melhor ainda quando temos alguém que expõe suas ideias de acordo com a análise que faz do comportamento da sociedade. Não falar somente o que realmente é belo, mas aquilo que toda sociedade enxerga e tem vergonha de expor. A grande mídia perdeu uma nobre fatia de seu poder. Não precisamos mais dela para saber a realidade dos fatos, mas alguns ainda insistem em viver como burros que puxam carroças no qual o dono utiliza antolhos para que os mesmos só tenham um ângulo de visão. Mesmo assim, se formos alertar, dirão que se sentem como nobres cavalos que puxam uma linda charrete do Século XVIII. Falar aberto sobre política, religião ou sexo; ou sobre tudo aquilo que nos envergonha e tudo aquilo que outros têm medo de falar é como estar liberto mesmo estando dentro de uma prisão. Serei eu impedido ou considerado insano por tirar minhas próprias conclusões sobre determinados assuntos? Deve ser... O insano sou eu. Viver em um Estado em que acusados de pistolagens ocupam cargos públicos; viver em um Estado onde prefeitos são presos por corrupção e liberados posteriormente pela mesma “justiça” que os prendeu; viver em um Estado onde existe uma cidade em que todos os vereadores foram presos junto com o prefeito (e liberados...); viver em um Estado em que os meios de comunicação são controlados por políticos ou empresários amigos dos tais políticos; por fim... Viver em um Estado em que se fiscaliza mediante ao apoio iminente: Caso seja oposição, fiscalização severa. Caso seja situação, pra que fiscalização?  Sério! Devo ser louco! Louco por também não compactuar com as alienações de muitas religiões. Religiões estas que tem o único propósito de ser uma botija de ouro para os que têm o dom da persuasão e oratória e utilizam-se do mesmo para enganar e subtrair dos idiotas de plantão (tudo em nome de Deus... Óbvio). Da mesma forma que não compactuo com os que em nome da religião abafam casos de pedofilia. Novamente, acho que sou louco. Louco por raciocinar em uma sociedade que faz questão de ser alienada e subserviente. Quando você escreve o que pensa, ao invés da população estar ao teu lado e te dar os parabéns, eles te param, perguntam em tom de brincadeira e ainda te “ameaçam”:

“- Rapaz, tu pensa que tu és quem para falar assim? Tu morres...” (Tá certo, João Grilo!1)

E novamente me vem à mente: O Insano sou eu!

Pra finalizar, quero deixar claro que tudo que escreverei aqui, às vezes não será sobre meu ponto de vista sobre o assunto, mas sim sobre o ponto de vista em relação sobre como a sociedade se comporta e age mediante a alguns fatos. Como falar sobre homossexualismo: Há uma grande diferença entre aceitar, respeitar e fazer apologia à questão. Como falar sobre a liberação da maconha: Ser contra “a maconha”? Ou ser contra quem a vende?  Viver numa sociedade onde o politico corrupto é idolatrado e lideres religiosos são quase deuses e quem defende a austeridade e cumprimento das leis é tachado de hipócrita é no mínimo sofrível. Julgar os outros é fácil. Difícil é julgarmos nós mesmos e arrancarmos de dentro de nós o pútrido defeito de achar que todo aquele que quer o bem de toda sociedade é apenas mais um corrupto escondendo-se atrás de um rosto inocente e um nome limpo. Quer me julgar? Ao menos tenha a decência de realmente me conhecer.

Falando o que penso, nesta terra... De Marechais? Marajás? Não importa! Para uma pequena parcela da população de Alagoas, tanto fez como tanto faz. E viva a nossa "insuportável" justiça. Como diz o ditado, realmente ela é cega.  

“Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro (...)” zona da minha cara, mas para de me FUDER!
  
1 Personagem  fictício da peça teatral de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida, escrita em 1955. Lançada como minissérie em 1999 pela Rede Globo de televisão e adaptada para o cinema em 2000. (Fonte: Wikipédia)

2 Trecho da música Aquarela do Brasil escrita pelo compositor mineiro Ary Barroso em 1939. 

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