Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

domingo, 12 de abril de 2015

Existe Bullying Empresarial em Alagoas?



Estava eu, a navegar pela internet, quando me deparei com uma matéria do Portal IG, sobre uma funcionária da rede de Supermercados Extra. A funcionária, segundo a matéria, "(...) teve seu nome escrito em um hipopótamo de brinquedo, que ficou exposto na recepção por onde passavam os trabalhadores. A brincadeira, [foi] praticada pelos superiores da trabalhadora(...)". Clique aqui (Link)e veja a reportagem.

A empresa foi julgada culpada, não pela brincadeira de seus funcionários, mas por não fazer nada para inibir tais situações, deixando quem sofre com tal brincadeira, com todos os anseios, tristezas, vergonha e constrangimento.

Passei por algo parecido numa empresa, mas longe de ser "brincadeira". O que mais me deixou arrasado não foi a agressão moral que sofri, e sim,  a omissão da gerência e a a total falta de sensibilidade do Dono/Diretor da empresa com o caso.

Fui designado para cobrar o inventário de estoque da empresa, mesmo sem ter responsabilidade sobre o setor; e com a responsabilidade de me impor diante de funcionários que não eram da minha equipe de trabalho. O prazo para ser entregue seria de uma semana. Ou seja: Tínhamos 5 dias úteis para providenciar, no mínimo, uma parte do inventário.

Passados 4 dias, e sem obter  nenhuma informação (mesmo cobrando duas vezes ao dia) dos funcionários do almoxarifado, informei ao gerente o problema em questão.

Ao serem chamados na sala, um deles, não gostou. Ao sair veio me intimidar e me chamar de "entregão". Na saída do trabalho, ao pegar o ônibus da empresa,  que levava os trabalhadores para casa, ouvi piadas e insultos durante todo o trajeto. Piadas essas que serviam de indireta (bem direta...) para minha pessoa. Insultos como "peru" e "gente safada" foi o que mais ouvi nesse dia.

Me sentido ofendido e sem querer partir para agressão verbal ou física com alguns dos funcionários (que eu considero que são meliantes disfarçados de trabalhadores), procurei a gerencia e relatei o caso. Nada foi feito.

Uma semana após o acontecido, relatei, numa reunião, com o dono e o gerente que alguns me atribuíam a alcunha de "Peru", apenas por eu querer que o trabalho fosse realizado dentro do prazo.

Para meu espanto, aquele jovem e promissor empresário, cujo os estudos ultrapassaram as fronteiras do Brasil, me deu uma resposta pior do que qualquer ofensa que eu possa ter sofrido: 

"- Podem lhe chamar de peru/urubu... O que eu quero é o serviço feito."  

Me admira, que empresas assim, ainda buscarem ISO "disso"; ISO "daquilo"... Deveriam buscar em primeiro lugar, o bem estar e o respeito a cada um de seus funcionários.