Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

domingo, 14 de junho de 2015

Rio Largo, Cem Anos... Em "um"?


Segunda-feira, 05h10min da manhã. Acordo para mais um dia de trabalho. Aquela vontade de se amarrar a cama ainda rodeia meus pensamentos. As vezes frio, as vezes quente... As 05h40min ouço o som da buzina do VLT (o maquinista adora buzinar em frente a minha casa). Levanto, olho pela janela e vejo o imutável: O degrau defronte a minha casa totalmente quebrado, a linha férrea tomada pelo mato e lixo.

Tomo banho, escovo dos dentes, visto-me (óbvio), pego as chaves e vou abrindo as portas. Retiro o carro da garagem ainda olhando a mesma paisagem, com uma visão a mais: O lixo no poste do beco da antiga Telasa (hoje, prédio da Oi) deixado pelos vizinhos da rua Dr. Batista Acioly (Vulgo rua da verdura). Sem nenhum respeito, ou qualquer ressentimento dos mesmos, saio de casa sentido o odor pútrido de cascas de sururu e restos de pele de frango.

Ao sair de casa, passo por duas escolas 
- Magnólia Coutinho e Odilo - em construção. Me sinto melhor, algo de bom na cidade: Cuidando da educação. Então, chego a padaria do bida (hoje, do Luizinho), da família Pinto. Peço um pão crioulo com queijo manteiga e café. Enquanto como, observo a praça, também em reforma. E o intersecção da praça com tijolos baianos quebrados e sendo utilizada por vezes como depósito de material de construção - Daí eu penso: "Só em Rio Largo"!

Saio da padaria, passo por outros locais, também em construção: Muitos - A praça do (antigo) Francisco Leão; a praça do seixo; a praça do Kadoro (Essa tem vereador que não sabe onde fica, só quem realmente conhece Rio Largo) entre outros locais.
     
Além das casas (ALGUMAS INVADIDAS!) feitas pelo governo estadual e todas as outras obras vigentes no município, Rio Largo ainda continua como uma cidade do atraso.

Apesar de toda a luta da Secretaria de Infraestrutura para modificar o quadro atual, a cidade esbarra em anos de desmandos e burocracia incessante, por vezes causticante. Sem falar no demônio da corrupção que está sempre a espreita, esperando apenas uma brisa leve para se fazer nevar em pleno deserto.

Não critico as "37 obras" que o prefeito Toninho Lins sempre fala que está realizando quando é criticado por quem quer que seja. O que faço é perguntar porquê?

Por que só agora? Por que desde a época dos anos 90 Rio Largo vem sendo dilapidada? Por que não há continuidade e manutenção da cidade como um todo? Por que cada coisa simples, cada tijolo colocado tem que ser aplaudido?

Isto não é critica! É pura vivência e desilusão de viver em uma cidade onde criminalidade e corrupção são as principais referências. Que venham dias melhores! Mas, que com certeza, os dias melhores de Rio Largo não sairão da "saúde" da mesma.

Que 2016 seja diferente, mesmo que seja igual.   

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