Contraste de beleza e miséria

Contraste de beleza e miséria
Foto tirada pelo nobre amigo Alexandre Fleming e cedida gentilmente.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Amor à vida?


Texto postado originalmente em meu Facebook: facebook.com/axlzurc

Dificilmente, vejo novelas. Meu tempo se divide entre Internet, PS3, estudos da faculdade e às vezes ler algum livro. Mas, este ano, me pus a assistir o capítulo de “Amor à vida”, novela da Rede Globo no qual o ator Mateus Solano dá (e deu) um show no papel de Félix. O homossexual mais “bicha-má-arrependida” que todos amam e que já existiu nos anais da história da televisão brasileira. Mas... Uma coisa me chamou atenção na novela: O jantar. Jantar este que se deu devido à ex-mulher do Félix, personagem vivido pela atriz Bárbara Paz, querer dar uma explicação por estar prestes a casar novamente. E como o atual noivo era funcionário do hospital de propriedade da família do Félix e amigo do mesmo, pediu então a futura esposa que resolvesse todas as “pendências” junto a sua antiga família. O jantar contava com a participação da mãe de Félix, interpretada por Suzana Vieira e que estava de namoro com o motorista 40 anos mais novo (acho eu) e que também estava sentado à mesa. A ex-sogra, a avó, o filho e o “Niko”, namorado do Félix.
Então, a ex-esposa do Félix começou a se explicar, pedindo perdão: Perdão por dizer que o filho do Félix no qual ela havia dito que era do pai do Félix, interpretado por Antônio Fagundes, na verdade “messssmoooo” era do Félix (Confuso, né?). Que fez isso só para ter um álibi para voltar à mansão e extorquir ainda mais o velho que se tornara cego, corno e idiota. Disse que estava casando novamente por dinheiro e que isto era viciante. Dinheiro, quanto mais se tem, mas se quer e não importa como (PONTO). Que no passado tinha sido prostituta e que teve um caso com o pai do Félix e que casou com o Félix por um acordo ($$$) com o pai dele. E que a mãe dela, era quem arrumava homens para ela se prostituir.

Aí eu pergunto: Que jantar da peste é esse? E que família é essa?

Aonde a Globo quer chegar? Querendo que eu ache que um adolescente jantado com um Pai homossexual (que tentou matar sua tia e sua prima quando bebê.*Lembremo-nos disso*); uma mãe que se prostituía e foi puta do avô paterno dele, vindo a casar com o pai dele por dinheiro e confessando estar disposta a casar por dinheiro novamente; uma avó paterna “livre” de preconceitos sociais e de faixa etária (Ah vá...); uma avó materna digna de ser dona dos melhores cabarés de Brasília e que induzia a prostituição da mãe dele; O namorado do Pai (Que no contexto se mostra uma pessoa de bem)... E para terminar: Jantando com o motorista, quase da idade dele, há quem ele “amará” por ser a causa de ser zoado e intimado pelos amigos a chamá-lo de “Avô” é uma coisa super normal. 

Então tá: Eu sou adolescente. Ok? Meu pai é gay e quis matar minha tia e minha prima. Minha mãe foi puta do meu avô por causa da minha avó (cafetina) que queria viver no luxo. Avô, este, frise-se: Que desprezou a família para viver com a secretária que queria matá-lo. Minha avó paterna está namorando com o motorista 40 anos mais novo só para satisfazer-se sexualmente enquanto ele come ela só pelo dinheiro.

Vai se fuder GLOBO! (Desculpem-me o palavrão) No mínimo: Tomar muito álcool ou viver a base de cocaína. No máximo: o pivetão pulava da sacada ou cortava os pulsos.

Aceitar tais diferenças? Aceito e respeito. Mas isto não quer dizer que eu vou ter que aturar a mídia impor e mostrar essas diferenças como se as mesmas fossem aceitas com normalidade pela sociedade. E colocar prostituição e promiscuidade como base de uma Família. Sem falar que homossexualidade não é aceita por muita gente. Muitos não falam por medo de serem tachados de homofóbicos. Nada contra quem é homossexual e nem quem se relaciona com pessoas mais velhas ou pessoas promíscuas. Cada um faz o que quer e o que bem entende. Cada um é livre. A única coisa que sei, é que na realidade este jantar não aconteceria.

Somos racistas, ateus, alienados, egoístas, hipócritas, preconceituosos, capitalistas... Cristãos? 
Somos tudo, menos atores.

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